Uma das preocupações mais frequentes para mães e pais é o aparecimento de assaduras no bebê. É uma condição extremamente comum durante os 2 primeiros anos de vida da criança e podem ser causadas por vários fatores, não tendo relação específica com negligência nos cuidados.
O quadro de assaduras no bebê, ou dermatite da fralda, é caracterizado por uma reação inflamatória que deixa a pele do bumbum irritada e avermelhada. Também podem surgir pequenas bolinhas (pápulas).
As assaduras são lesões dolorosas, que provocam incômodo ao bebê. Por causa disso, a criança pode ficar irritadiça, chorosa e até ter dificuldades para dormir. Também é um problema que dificulta as trocas de fralda, visto que a limpeza da pele pode causar dor e deixar o bebê agitado.
O que causa as assaduras no bebê?
As assaduras são causadas pelo contato prolongado com urina ou fezes e pelo atrito na região da fralda. A umidade deixa a pele do bebê irritada e favorece a proliferação de microrganismos, como os fungos do gênero Cândida e outros.
As infecções fúngicas podem ser persistentes, não apresentando melhora somente com pomadas para assaduras.
Agentes químicos presentes em produtos de higiene, como sabonetes e loções, também podem facilitar o surgimento de assaduras no bebê. Por isso, é importante escolher produtos suaves e hipoalergênicos para cuidar da pele delicada da criança.
A assadura é uma típica dermatite de contato irritativa. As lesões não são provocadas por um único fator. Em resumo, as causas mais comuns incluem:
- uso prolongado de fralda úmida;
- qualidade da fralda — o material e as substâncias químicas presentes em algumas pode causar irritação;
- umidade devido ao calor, em dias mais quentes;
- infecção por fungos e bactérias.
As alergias alimentares, incluindo a APLV (alergia à proteína do leite de vaca) e a intolerância alimentar, como a intolerância à lactose, também costumam causar assaduras. A alergia é uma reação do sistema imunológico a determinado alimento ou substância.
Já a intolerância é uma condição menos grave, causada pelo fato de o organismo da pessoa não produzir enzimas necessárias para digerir determinado alimento. Ambas as condições podem ocasionar diarreia e a produção de fezes ácidas, favorecendo o aparecimento de dermatite. Bebês e crianças que sofrem de APLV podem apresentar episódios de assaduras graves e recorrentes.
É importante que os pais procurem um gastroenterologista pediátrico para acompanhar e tratar os casos de alergias e intolerâncias alimentares.
Como prevenir as assaduras no bebê?
A medida preventiva mais eficaz é evitar que o bebê fique com uma fralda úmida por muito tempo. Assim, recomenda-se que a troca aconteça logo depois que a criança tenha evacuado, visto que as fezes são mais agressivas à pele. No caso de urina somente, também é aconselhável fazer trocas frequentes para impedir o contato com a umidade prolongada.
A atenção à qualidade da fralda é importante, dependendo das reações na pele de cada criança. Algumas se adaptam a vários tipos, enquanto outras são mais sensíveis ao plástico ou outras substâncias químicas que existem na composição de determinadas fraldas. Além disso, em geral, quanto maior é a capacidade de absorção, menor é o risco de assaduras no bebê.
Além de fazer a troca em intervalos curtos, a cada vez que uma nova fralda for colocada, é preciso assegurar que a pele da criança esteja limpa e seca. Nesse momento, outra importante medida de prevenção é utilizar pomadas apropriadas, como aquelas à base de zinco e nistatina.
As pomadas contra assaduras são eficazes, pois criam uma barreira física, protegendo a pele do bebê da agressão causada pela umidade e por substâncias irritantes, além de diminuir o atrito com a fralda.
Quais são as opções para o tratamento de assaduras no bebê?
Mesmo com os cuidados de prevenção, as assaduras podem aparecer. A dermatite de fralda é uma condição comum e, felizmente, de simples tratamento. Entretanto, há casos e casos. Tem crianças que apresentam mais sensibilidade que outras, desenvolvem quadros mais graves e recorrência dos sintomas.
Muitas vezes, a irritação da pele melhora com as mesmas condutas que mencionamos para prevenção, como troca frequente de fraldas e uso de pomadas com formulações apropriadas.
Se a dermatite persistir após os cuidados básicos, pomadas com ação antifúngica, como à base de miconazol ou com corticoides fracos (com prescrição do pediatra), podem solucionar. Em situações ainda mais graves, antibióticos orais podem ser receitados para combater a ação de fungos ou bactérias.
A laserterapia é outra possibilidade efetiva para tratamento de assaduras no bebê. A técnica consiste na aplicação de laser de baixa potência sobre a região lesionada, levando à redução da dor e regeneração da pele e promovendo efeitos anti-inflamatórios.
Os tratamentos com laserterapia são de grande utilidade clínica para mulheres que estão vivenciando a fase do pós-parto. Além de tratar assaduras no bebê, a aplicação de laser ajuda:
- na cicatrização de lacerações no períneo após o parto vaginal;
- na redução da dor e aceleração da cicatrização de ferida operatória de cesárea;
- no tratamento de fissuras mamilares, que normalmente acontecem durante a amamentação;
- no tratamento de candidíase mamária.
Nossa equipe de enfermeiras obstetras atua de várias formas na assistência ao parto e pós-parto. Acompanhamos o parto domiciliar, prestando todos os cuidados necessários à mulher e ao bebê, assim como oferecemos assistência humanizada no parto hospitalar. Além disso, trabalhamos com diversas consultorias para facilitar a adaptação das famílias à nova rotina com a chegada de seu filho.
A consultoria de amamentação e as orientações sobre os cuidados com o recém-nascido, por exemplo, são de grande ajuda nessa fase, podendo ser feitas ainda durante o pré-natal ou após o nascimento do bebê.
Da mesma forma, o uso de laserterapia para diversos fins, como no tratamento de assaduras no bebê, é um recurso valioso para superar as possíveis dificuldades vivenciadas no pós-parto e nos cuidados com a criança.