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Tratamento da candidíase mamária

Por: Shirley Fernandes

São várias as condições que a mulher enfrenta após o parto e que podem causar dor e incômodo, além de interferir no processo de amamentação. Uma delas é a candidíase mamária.

Essa é uma doença não muito conhecida pelas mulheres, de modo geral, e pode causar sintomas inespecíficos, dificultando a identificação precoce e o diagnóstico. Diante disso, é importante contar com o conhecimento e a orientação de uma equipe bem treinada de assistência humanizada ao parto e pós-parto.

Ainda durante o pré-natal ou após o nascimento do bebê, a mulher pode receber informações sobre os possíveis desafios e condições clínicas que são comuns nas fases de pós-parto e amamentação. De posse dessas informações, fica mais fácil saber como proceder ao identificar os sinais e sintomas de alterações, como no caso da candidíase mamária.

O que é candidíase mamária?

É uma infecção causada por fungos do gênero Cândida Albicans — o mesmo grupo de microrganismos que causa processos infecciosos similares em outros locais, como a candidíase vaginal, que é mais conhecida pelas mulheres.

Em geral, esse tipo de fungo pode estar presente na pele e nas mucosas, mas não causa problemas clínicos quando a pessoa está com o sistema imunológico em bom funcionamento.

As candidíases podem surgir de várias formas e em várias partes do corpo, incluindo a região oral dos bebês. Popularmente conhecida como “sapinho”, cujo termo clínico é monilíase, sendo essa uma causa frequente de candidíase mamária.

Nem sempre a monilíase tem manifestações aparentes, mas, ainda assim, pode contaminar a mãe no momento da amamentação, dando origem à candidíase mamária, que, na mulher, assim como no bebê, pode se desenvolver sem sinais e sintomas evidentes.

Algumas mulheres relatam dor intensa, sensação de fisgadas ou agulhadas nos mamilos, coceira, vermelhidão e leve descamação na pele das mamas. Raramente, podem surgir placas esbranquiçadas.

Já a criança com candidíase oral pode apresentar crostas esbranquiçadas na boca, as quais não devem ser confundidas com crostas de leite.

O risco de contaminação pelos fungos — ou outros microrganismos, como nos casos de mastite — é maior quando há lesões nos mamilos. As fissuras mamilares são comuns no início da amamentação, principalmente quando o bebê tem dificuldades de fazer a pega correta no seio.

Quais são as formas de tratamento da candidíase mamária?

É um desafio diagnosticar a candidíase mamária, uma vez que nem sempre a mulher tem manifestações evidentes da doença. Algumas relatam a dor intensa, mas não apresentam manchas ou outros sinais clínicos. Assim, o diagnóstico é feito por exclusão de outras alterações nas mamas.

Como se trata de uma infecção, o tratamento de candidíase mamária requer o uso de medicamentos. Fármacos tópicos, como a nistatina, podem ser indicados para tratar a mãe e a criança. O fluconazol, que pertence à classe dos antifúngicos, também deve ser prescrito para a mulher na consulta médica.

Outro método de tratamento que tem mostrado bons resultados é a laserterapia. O uso de laser de baixa potência promove redução da dor, efeito anti-inflamatório, entre outros benefícios.

Além de sua importância no tratamento da candidíase mamária, a aplicação de laser é útil no pós-parto para:

No tratamento da candidíase mamária com laserterapia, a aplicação é feita com base na terapia fotodinâmica, que consiste no uso de um agente químico que é ativado com a luz do laser de baixa potência e combate a ação do fungo — nesse caso, utiliza-se o azul de metileno.

A aplicação do laser é rápida, indolor, não causa efeitos colaterais e o alívio da dor pode ser imediato. Se necessário, é realizada mais de uma sessão, seguindo com as aplicações até que os sintomas acabem por completo.

Por que contar com assistência especializada?

Muitas mulheres desconhecem os sintomas, as causas e consequências de doenças como candidíase mamária, mastite, entre outras condições que podem prejudicar o bem-estar e a qualidade de vida após o parto.

Por vezes, as consultas com o médico não são esclarecedoras ou nem mesmo chegam ao diagnóstico correto. Faz diferença, portanto, contar com a avaliação e a orientação de profissionais que estejam dispostos a oferecer uma assistência de qualidade, humanizada, voltada para a solução das dores maternas e para o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê.

Nossa equipe de assistência ao parto e pós-parto é composta por enfermeiras obstetras, com conhecimento técnico e experiência para oferecer suporte às famílias, desde o pré-natal até depois do nascimento do bebê.

Acompanhamos a mulher no parto domiciliar ou na modalidade de assistência hospitalar, além de realizar visitas no pós-parto e oferecer consultorias de amamentação, cuidados com o recém-nascido, entre outras.

Seja para o tratamento de candidíase mamária, seja para cuidar de outros problemas, é importante que a mulher receba as devidas informações e conte com assistência especializada para lidar com essas condições que dificultam o processo de maternar.

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PERGUNTAS FREQUENTES

 

O que é candidíase mamária e quais são os sintomas?

A candidíase mamária é uma infecção fúngica provocada pelo fungo Candida albicans. Esse fungo pode afetar também outras regiões do corpo. As mulheres relatam sintomas como dor em agulhada, vermelhidão na mama e descamação.

 

Como tratar a candidíase mamária?

O tratamento pode envolver algumas condutas. Podem ser prescritos antifúngicos tópicos (pomadas), por exemplo, a laserterapia, entre outras formas de tratamento. No entanto, é necessário consultar um especialista.

 

Posso ter candidíase mamária durante a amamentação?

Sim. A candidíase mamária pode afetar as mamas durante a amamentação e é importante tratar para que não haja complicações, como mastite.

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