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Redução da dor e cicatrização do períneo

Por: Shirley Fernandes

Traumas cirúrgicos ou lacerações espontâneas na região perineal são comuns durante o trabalho de parto vaginal e podem causar muito desconforto durante o período de pós-parto, além do risco de complicações. Sendo assim, é importante que a mulher seja orientada pela equipe de assistência sobre as alternativas terapêuticas para redução da dor e cicatrização do períneo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o parto normal é a forma mais indicada para o nascimento, visto que contribui para a rápida recuperação da mulher, tem menor risco em comparação com a cesárea, entre outras vantagens. Entretanto, a dor no períneo pode trazer incômodo significativo, principalmente quando a episiotomia é realizada.

Entre as formas de tratamento para redução da dor e cicatrização do períneo, a laserterapia tem se destacado por seus efeitos no alívio da dor, na diminuição da inflamação e na regeneração dos tecidos, apresentando ainda as vantagens de ser uma técnica indolor, não invasiva e sem efeitos colaterais.

Importância do períneo na gravidez e no parto

O períneo está localizado na região pélvica, entre a vagina e o ânus, e é constituído por um conjunto de ligamentos e estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos da pelve, incluindo: bexiga, ureteres, útero, intestino, reto e ápice da vagina. Além disso, as funções perineais estão associadas à continência urinária e fecal e à sexualidade.

Na gravidez, o períneo é muito exigido, visto que há uma sobrecarga na região pélvica para sustentar o peso do útero, que aumenta cada vez mais, conforme o bebê cresce. Essa sobrecarga pode resultar no enfraquecimento do períneo, que é ainda mais forçado durante o parto vaginal.

No trabalho de parto, sobretudo na fase expulsiva, os músculos do assoalho pélvico se distendem para permitir a saída do bebê, podendo ocorrer traumas espontâneos, como as lacerações. Nesses casos, o tecido intensamente exigido pode se esticar até romper.

A dor e o desconforto perineal no pós-parto são causados por lacerações naturais ou pela realização de episiotomia durante o trabalho de parto.

As lacerações no períneo podem ser de graus diferentes, conforme as estruturas afetadas. Podem lesionar a pele, fáscias ou até a musculatura. O risco de traumas perineais é maior em algumas situações, por exemplo quando:

  • a mulher está em seu primeiro parto;
  • o bebê tem mais de 4 kg (macrossomia fetal);
  • é praticado o puxo dirigido;
  • o período expulsivo do parto é prolongado.

Realização de episiotomia

A episiotomia é um procedimento invasivo que algumas vezes é empregado no parto vaginal. Consiste na realização de um corte no períneo (entre a vagina e o ânus), com o intuito de aumentar o canal de parto para facilitar a saída do bebê.

Não existem evidências científicas que justifiquem a realização da episiotomia. Infelizmente, é um procedimento ainda realizado em ambiente hospitalar por algumas equipes.

Não existem indicações reais para a realização da episiotomia e a realização deste procedimento vai contra as boas práticas da assistência humanizada.

Geralmente, no parto hospitalar, é a equipe médica que decide pela realização da episiotomia — muitas vezes, sem consultar ou informar a gestante, que deveria ser protagonista de seu trabalho de parto.

Entretanto, a mulher tem o direito recusar esse procedimento por meio de observações feitas no plano de parto, um documento elaborado durante a gestação, no qual ela pode listar todas as suas vontades e expectativas para o momento do parto.

Há vários riscos envolvidos com a realização da episiotomia, em curto e longo prazos, como:

  • lesões musculares no períneo;
  • infecção no corte;
  • recuperação pós-parto mais demorada;
  • prejuízos na função sexual, devido à dor durante a relação;
  • incontinência urinária e outras disfunções do assoalho pélvico.

Existem diversos estudos que já comprovam os malefícios dessa prática. Portanto, vale ressaltar que a realização de episiotomia é considerada violência obstétrica, não sendo realizada de forma alguma pela nossa equipe de enfermeiras obstetras.

No entanto, caso a mulher tenha passado por uma episiotomia, a laserterapia pode ser benéfica para acelerar o processo de cicatrização.

Laserterapia para redução da dor e cicatrização do períneo

A aplicação de laser de baixa potência é um método terapêutico que tem revelado grande utilidade clínica na assistência ao pós-parto, favorecendo a redução da dor e a cicatrização do períneo, além de ser indicada em outras situações, como:

A laserterapia é uma abordagem não invasiva, indolor, segura, de rápida aplicação e que não tem efeitos colaterais. Além disso, há outros benefícios:

  • alívio imediato da dor;
  • redução do inchaço e de outros sintomas inflamatórios;
  • ativação da resposta imunológica;
  • estímulo à atividade dos fibroblastos (células jovens) e à formação de colágeno, acelerando a renovação dos tecidos e a cicatrização da ferida.

Ao ser acompanhada por uma equipe de assistência humanizada ao parto e pós-parto, a paciente tem atenção à sua dor e às dificuldades enfrentadas após o nascimento de seu bebê. Assim, o uso de laserterapia para redução da dor e cicatrização do períneo é uma das formas de promover o bem-estar à mulher durante essa fase.

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PERGUNTAS FREQUENTES

 

O que é episiotomia?

A episiotomia é uma violência obstétrica. Nunca há indicação de episiotomia. Trata-se de um corte feito durante o parto para facilitar a passagem do bebê. No entanto, as consequências da episiotomia são graves para a mulher e podem nunca ser superadas. É uma mutilação.

 

O que é períneo?

O períneo é a região que forma a base do púbis, onde estão a vagina e o ânus. A função do períneo é sustentar os órgãos pélvicos e preservar a continência urinária e fecal. Durante a gravidez, há uma sobrecarga do períneo, portanto é uma região importante.

 

O que acontece com o períneo no parto normal?

Durante a fase expulsiva do trabalho de parto, os músculos do assoalho pélvico se distendem para permitir a saída do bebê. Esse processo pode provocar lacerações. O tecido pode se esticar até se romper e isso pode causar desconforto no pós-parto. A laserterapia é um dos tratamentos indicados para reduzir a dor e ajudar a cicatrização das lacerações.

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